terça-feira, 2 de setembro de 2008

o querer e o realizar


Não é fácil vencer a tentação. As dificuldades são, às vezes, tão grandes que muitos de sistem da batalha. Talvez você mesmo já falou, desesperadamente: "Eu quero melho rar, mas eu não consigo me livrar deste pecado." Depois de lutar, sem sucesso, contra vícios e maus hábitos, algumas pessoas encontram conforto nas palavras de Jesus: "...o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca" (M 26:41). Outros se iden tificam com a lamentação frustrada de Paulo: "...pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo" (Rm 7:18), mas não devemos justificar nossos fracassos des sa maneira. Jesus estava comentan do sobre o cansaço e fraqueza dos apóstolos, que não conseguiram acompanhá-lo na hora das provações. Paulo descreveu a frustração que ele sentia como judeu abaixo da lei, antes do livramento oferecido em Cristo. Nenhum desses versículos descreve a circunstância do cristão nos dias de hoje. Tudo mudou quando Jesus morreu e ressuscitou.
Ao invés de justificar nossos erros com exemplos de pessoas que viviam antes da vitó ria de Jesus, devemos ouvir as palavras animadoras de outras passagens. (Rm 8) Paulo mostra a situação atual do cristão: "...não andamos segundo a carne, mas se gundo o Espírito" (vs. 4). Os seguidores de Jesus são "mais que vencedores" (vs. 37).
Em Fp 2, Paulo comunica seu sincero desejo que os cristãos andem como luzeiros no mundo. Ele diz que devemos desenvolver a nossa própria salvação, mas nos relembra que é Deus quem dá a vitória: "porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer co mo o realizar, segundo a sua boa vontade" (vs. 12-13).
Como servos de Deus, precisamos deixar de pensar como perdedores. Podemos nos sentir fracos, mas Deus é forte. Se nós, de verdade, buscamos o caminho do Senhor, ele nos ajudará a vencer (1 Co 10:13).

-por Dennis Allan

sábado, 23 de agosto de 2008

Quando Jesus reinará no trono de Davi?

Muitas profecias da Bíblia contam-nos que o Messias ou Cristo reinaria no trono de Davi (Am 9:11-15; Ez 37:22-28; Sl 89:3-4; Mt 2:1-6; Lc 19:37-40; 1:67-79).
Muitas pessoas concluem que estas passagens estão falando de um futuro reino físico literal aqui na terra. Elas dizem que estas profecias e promessas ainda não foram cum pridas. Algumas pessoas que ensinam esta idéia até mesmo dizem que Jesus não con seguiu na sua tentativa para estabelecer seu reino na primeira vez que esteve aqui por que o povo o rejeitou. Elas sugerem, assim, que os homens pecadores frustraram o plano de Deus.
A Bíblia ensina diferente. Jeremias profetizou que um descendente de Davi reinaria para sempre em seu trono (Jr 33:14-17). Mas no mesmo livro, quando ele fala va do trono terrestre literal, ele disse que nenhum dos filhos de Jeconias se sentaria no tro no de Davi (Jr 22:30). Jesus Cristo, um descendente de Davi e de Jeconias (Mt 1:6, 11) nunca poderia reinar no trono terrestre de Davi.
Aqueles que ainda esperam por Cristo para reinar no trono de Davi mal entendam as profecias e seu cumprimento. Pedro afirmou que as profecias sobre o trono de Davi foram cumpridas quando Jesus se levantou dentre os mortos e subiu ao céu para sen tar-se à direita de Deus: "Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono, prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção. A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés. Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo" (At 2:30-36).
Quando Jesus reinará no trono de Davi? Ele já reina!

-por Dennis Allan

Qual é a vontade de Deus para os jovens que estão namorando?

Primeiro, fuja da impureza (1 Co 6:12-20). A união física de um homem e uma mu lher tem que ser depois do casamento, não antes. Isto é verdade, não importa quanto eles se amam e não importa que eles planejem casar-se logo. Os padrões morais do homem podem estar mudando, mas os de Deus não. E Deus é aquele que nos julgará. Para fugir da fornicação, precisamos afastar-nos dela. Casais que estão namorando precisam tomar cuidado com o contato físico que leva à fornicação. Deus nos criou de maneira que certos tipos de contato levam ao desejo de intimidade física. No casamen to, isto é certo e digno; no namoro, tanto a união física como os passos que levam a ela são sensuais, concupiscentes, lascivos e portanto errados. Fuja da imoralidade se xual!
Segundo, em nossa sociedade, o namoro é normalmente um passo antes do casamen to. Deus ensina que os esposos devem amar suas esposas. Portanto, um jovem deverá escolher a moça que ele esteja certo de que a quererá amar para sempre. Deus diz às esposas para se submeterem aos seus maridos. Uma jovem deverá escolher um ho mem a quem ela esteja segura de que não se importará em se submeter (Ef 5:22-33). O divórcio não é uma opção dada por Deus em um casamento infeliz (Mt 19:3-9), por tanto é muito melhor ser cuidadoso e se casar com uma pessoa com a qual terá felici dade durante a vida inteira.
Finalmente, em tudo deverei esforçar-me para agradar a Deus, em primeiro lugar (Mt 6:33). Eu deverei ir a lugares, fazer coisas e dizer coisas que eu sei que Deus aprovará. Tagarelice, egoísmo, indelicadeza, embriaguez, orgias, são condenados por Deus, em qualquer situação.

-por Gary Fisher

devemos ser batizados em nomede Jesus

Cristo deu aos seus apóstolos a missão de irem por todo o mundo e fazerem discípu los, "batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mt 28:18-20). Quando os apóstolos faziam discípulos eles batizavam "em nome de Jesus Cristo" (At 2:38:10;48)e em "nome do Senhor Jesus" (At 8:16; 19:6). Há uma controvérsia sobre qual destas fórmulas deve ser recitada sobre a pessoa que está rece bendo o batismo.
Antes de responder, vamos observar outro texto: Cl 3:17. Este versículo afirma: "E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus." Isto significa que temos que fazer tudo pela autoridade de Jesus, obedecendo a seus mandamentos. Não significa que temos que recitar as palavras "Senhor Jesus" quando fazemos ou dizemos alguma coisa. A frase, "em nome de", não indica uma fórmula para se recitar, mas indica uma autoridade à qual temos que nos submeter.
Nenhuma passagem bíblica dá um conjunto de palavras para serem pronunciadas sobre a pessoa que recebe o batismo. Os textos acima dizem o que era feito, não o que era dito, quando uma pessoa era batizada. O batismo deveria ser pela autoridade (de acordo com os ensinamentos) do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E desde que nunca há uma discordância entre os três, o que quer que façamos em obediência ao Pai, ou ao Espírito, na mesma ação obedecemos à vontade de Jesus.
É aceitável dizer que se está sendo batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Pode dizer que se é batizado em nome de Jesus. Mas a verdade é que não há nada que tenha que ser dito quando se é batizado. As palavras que são faladas não afetam a validade do batismo. Mas precisamos cuidadosamente obedecer aos ensinamentos do Pai, do Filho e do Espírito Santo, sempre que se é batizado, e de fato, em tudo o que dizemos e fazemos.

-por Gary Fisher

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

o que a biblia diz sobre a situação dos mortos ?

O homem tem tanto um corpo material como um espírito imortal. Ao morrer, o corpo do homem retorna à terra e se consome. Pela fé, o cristão também sabe que quando Cristo retornar, no final dos tempos, nossos corpos ressuscitarão dentre os mortos em estado imperecível e incorruptível. (1 Co15 ) Ao morrer, o espírito do homem retorna a Deus (Ec 12:7). Paulo disse que, quando ele morresse, estaria presente com o Senhor (2 Co 5:6-8; Fp1:21-23). Mesmo os espíritos dos ho mens ímpios permanecem conscientes, sofrendo tormento (Lc 16:19-31). Muitas pessoas ficam confusas com a palavra "morte". Elas crêem que ela significa aniquilação ou o fim da existência. Contudo, a idéia básica na palavra "morte" é separação. A morte material significa separação do corpo e do espírito. A morte espiritual significa a separação do homem e de Deus. Quando eu morro, eu não deixo de existir, mas de fato minha alma e meu corpo são separados.
Assim, aqui está o que a Bíblia diz sobre a situação dos mortos: seus corpos retornam ao pó, aguardando a ressurreição. Seus espíritos estão ou no paraíso, com Deus, ou em tormento, dependendo de seus atos quando estavam em seus corpos.

-por Gary Fisher

O amor é mais importante do que a verdade?

Nossa época é voltada para humanismo e tem se espalhado a idéia de que os relacionamentos são mais importantes do que a realidade, que o homem é mais importante do que Deus, e que o amor aos outros é mais importante do que a justiça. A verdade está se tornando um sentimento subjetivo; já não é mais um fato imutável e definido. Por isso, conclui-se que a verdade tem pouca importância; só precisamos amar os outros.
Mas se as palavras de Jesus têm valor, toda esta idéia é completamente falsa. Jesus disse que o primeiro grande mandamento é amar a Deus de todo o coração, alma, força e entendimento (Mc 12:28-31). Amar aos outros é o segundo mandamento. Há muitos que invertam esta ordem. Se amamos a Deus, temos que amar o que ele diz (Jo 14:15; 15:14). Jesus perguntou: "Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?" (Lc 6:46).
A verdade é da extrema importância em nossa relação com Deus. Temos que conhecer a verdade (Jo 8:32; 1 Tm 2:4); obedecer à verdade (1 Pe 1:22); adorar em verdade (Jo 4:24); andar em ver dade (2 Jo 4); armar-nos com a verdade (Ef 6:14); e amar a verdade (2 Ts 2:10). Aqueles que se desviam da verdade estão perdidos (Tg 5:19); aqueles que não andam segundo a verdade têm que ser repreendidos (Gl 2:14); aqueles que mudam a verdade são detestados por Deus (Rm 1:25); aqueles que não estão na verdade seguem seu pai, o Diabo (Jo 8:44).Nossa época é voltada para humanismo e tem se espalhado a idéia de que os relacionamentos são mais importantes do que a realidade, que o homem é mais importante do que Deus, e que o amor aos outros é mais importante do que a justiça. A verdade está se tornando um sentimento subjetivo; já não é mais um fato imutável e definido. Por isso, conclui-se que a verdade tem pouca importância; só precisamos amar os outros.
Mas se as palavras de Jesus têm valor, toda esta idéia é completamente falsa. Jesus disse que o primeiro grande mandamento é amar a Deus de todo o coração, alma, força e entendimento (Mc 12:28-31). Amar aos outros é o segundo mandamento. Há muitos que invertam esta ordem. Se amamos a Deus, temos que amar o que ele diz (Jo 14:15; 15:14). Jesus perguntou: "Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?" (Lc 6:46).
A verdade é da extrema importância em nossa relação com Deus. Temos que conhecer a verdade (Jo 8:32; 1 Tm 2:4); obedecer à verdade (1 Pe 1:22); adorar em verdade (Jo 4:24); andar em ver dade (2 Jo 4); armar-nos com a verdade (Ef 6:14); e amar a verdade (2 Ts 2:10). Aqueles que se desviam da verdade estão perdidos (Tg 5:19); aqueles que não andam segundo a verdade têm que ser repreendidos (Gl 2:14); aqueles que mudam a verdade são detestados por Deus (Rm 1:25); aqueles que não estão na verdade seguem seu pai, o Diabo (Jo 8:44).
Tornar o amor mais importante do que a verdade é tornar o homem mais importante do que Deus e fazer o segundo mandamento mais importante do que o primeiro. "Santifica-os na verda de; a tua palavra é a verdade" (Jo 17:17).
Tornar o amor mais importante do que a verdade é tornar o homem mais importante do que Deus e fazer o segundo mandamento mais importante do que o primeiro. "Santifica-os na verda de; a tua palavra é a verdade" (Jo 17:17).

-por Gary Fisher

o que quer dizer igreja?

Há três usos comuns da palavra "igreja". Dois são das escrituras e um não é. Nas es crituras, todos os cristãos formam a igreja de Deus (Ef 1:22-23; 5:22-33). Do mesmo modo, os cristãos que trabalham e adoram juntos num determinado lugar são uma igreja (1 Co 1:2). Poderíamos chamar estes dois usos como igreja universal e igreja local. O uso que não é das escrituras se aplica a um grupo de igrejas que se juntaram e a este poderíamos chamar igreja denominacional. Uma igreja denominacional é um grupo de igrejas trabalhando juntas como se fosse uma, sob uma organização nacional ou internacional.
Agora você pode perguntar: O que é errado com a existência de uma igreja denomina cional? Muitas coisas: 1. A única organização que Deus deu aos cristãos foi a igreja lo cal. Não há autoridade Bíblica para qualquer presidente, sínodo ou convenção se colo car acima de qualquer grupo de igrejas; 2. A Bíblia não autoriza a união de igrejas lo cais. As igrejas têm que funcionar separada e independentemente sob a supervisão de presbíteros, cuja autoridade é limitada a uma igreja local (At14:23; 20:28; 1 Pe 5:2). Pesquise na Bíblia, de capa a capa, para ver se acha o nome de sua igreja denominacio nal. Minha bíblia tem 1238 páginas. Eu não gostaria de ser membro de alguma organi zação religiosa que Deus nunca mencionou, em 1238 páginas!
Crescemos num mundo dominado pelo pensamento denominacional. É preciso cora gem, convicção e estudo com mente aberta da palavra de Deus para nos afastar destas falsas idéias.

-por Gary Fisher

serão salvos todos que tem religiões não crista?

Algumas pessoas acreditam que as religiões mundiais o islamismo, o cristianismo, o hinduismo, etc. são, apenas diferentes, mas igualmente boas, maneiras de adorar a Deus. Elas dizem que o hinduismo é o caminho de Deus para os orientais; que o islamismo é o caminho de Deus para os árabes; e que o cristianismo é o caminho de Deus para as civilizações ocidentais, etc.
Jesus, porém, disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14:6). Em outra ocasião, Jesus afirmou: "Se não crerdes que eu sou, morrereis nos vossos pecados" (Jo 8:24). Jesus enviou seus discípulos para pregar a todas as nações, ordenando a cada homem que se arrependa e obedeça ao evangelho (Mt 28:18-20). Paulo disse que Deus ordena a todos os homens, em qualquer lugar, que se arrependam, porque o mundo será julgado por Jesus Cristo (At 17:30-31). O mínimo que pode ser dito é que Jesus declarou ser o caminho exclusivo da salvação para todas as pessoas, de todas as raças, em todas as nações. Você pode decidir rejeitar isto, mas já não crerá mais em Jesus, se fizer isso.
Realmente, se os homens pudessem ser salvos pelo islamismo, o hinduismo, o budismo, o taoismo ou qualquer outra coisa, Jesus não precisaria ter sido crucificado. O sacrifício de Cristo seria desnecessário, se um homem seguindo, cuidadosamente, os princípios do hinduismo pudesse ser salvo. Há um só Deus, um só Salvador, um só Senhor, um único caminho da salvação, um só evangelho, uma única esperança (veja Ef 4:4-6). Muitas são as invenções e perversões dos homens.


-por Gary Fisher

terça-feira, 22 de julho de 2008

sábado, 21 de junho de 2008

A Assembleia de Deus no Brasil

História

A Assembléia de Deus chegou ao Brasil por intermédio dos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, que aportaram em Belém, capital do Estado do Pará, em 19 de novembro de 1910, vindos dos EUA. A princípio, freqüentaram a Igreja Batista, denominação a que ambos perten ciam nos Estados Unidos. Eles traziam a doutrina do batismo no Espírito Santo, com a glossolalia — o falar em línguas estranhas — como a evidência inicial da manifestação para os adeptos do movimento. A manifestação do fenômeno já vinha ocorrendo em várias reuniões de oração nos EUA (e também de forma isolada em outros países), principalmente naquelas que eram conduzi das por Charles Fox Parham, mas teve seu apogeu inicial através de um de seus principais discí pulos, um pastor negro leigo, chamado William Joseph Seymour, na Rua Azusa, Los Angeles, em 1906.
A nova doutrina trouxe muita divergência. Enquanto um grupo aderiu, outro rejeitou. Assim, em duas assembléias distintas, conforme relatam as atas das sessões, os adeptos do pentecostalismo foram desligados e, em 18 de junho de 1911, juntamente com os missionários estrangeiros, funda ram uma nova igreja e adotaram o nome de Missão de Fé Apostólica, que já era empregado pelo movimento de Los Angeles, mas sem qualquer vínculo administrativo com William Joseph Sey mour. A partir de então, passaram a reunir-se na casa de Celina de Albuquerque. Mais tarde, em 18 de janeiro de 1918 a nova igreja, por sugestão de Gunnar Vingren, passou a chamar-se Assem bléia de Deus, em virtude da fundação das Assembléias de Deus nos Estados Unidos, em 1914, em Hot Springs, Arkansas, mas, outra vez, sem qualquer ligação institucional entre ambas as igrejas
A Assembléia de Deus no Brasil se expandiu pelo Estado do Pará, alcançou o Amazonas, propa gou-se para o Nordeste, principalmente entre as camadas mais pobres da população. Chegou ao Sudeste pelos idos de 1922, através de famílias de retirantes do Pará, que se portavam como instrumentos voluntários para estabelecer a nova denominação aonde quer que chegassem. Nesse ano, a igreja teve início no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, e ganhou impulso com a transferência de Gunnar Vingren, de Belém, PA, em 1924, para a então capital da República. Um fato que marcou a igreja naquele período foi a conversão de Paulo Leivas Macalão, filho de um general, através de um folheto evangelístico. Foi ele o precursor do assim conhecido Ministério de Madureira, como veremos adiante.
A influência sueca teve forte peso na formação assembleiana brasileira, em razão da nacionalida de de seus fundadores, e graças à igreja pentecostal escandinava, principalmente a Igreja Filadé lfia de Estocolmo, que, além de ter assumido nos anos seguintes o sustento de Gunnar Vingren e Daniel Berg, enviou outros missionários para dar suporte aos novos membros em seu papel de fazer crescer a nova Igreja. Desde 1930, quando se realizou um concílio da igreja na cidade de Natal, RN, a Assembléia de Deus no Brasil passou a ter autonomia interna, sendo administrada exclusivamente pelos pastores residentes no Brasil, sem contudo perder os vínculos fraternais com a igreja na Suécia. A partir de 1936 a igreja passou a ter maior colaboração das Assembléias de Deus dos EUA através dos missionários enviados ao país, os quais se envolveram de forma mais direta com a estruturação teológica da denominação.

Organização Denominacional

As Assembléias de Deus estão organizadas em forma de árvore, onde cada Ministério é constituí do pela Igreja-Sede com suas respectivas filiadas, congregações e pontos de pregação. O sistema de administração é um misto entre o sistema episcopal e o sistema congregacional, onde os assun tos são previamente tratados pelo ministério, com forte influência da liderança pastoral, e depois são levados à Assembléia para serem votados.
Os pastores das Assembléias de Deus podem estar ligados a convenções estaduais que, por sua vez, se vinculam a uma Convenção de caráter nacional.

Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil

A CGADB possui sede no Rio de Janeiro, se considera o tronco da denominação por ser a entidade que desde o princípio deu corpo organizacional à Igreja, e a quem pertence a patente do nome no país. A CGADB hoje conta com cerca de 3,5 milhões de membros em todo o Brasil (dados do ISER) e centenas de missionários espalhados pelo mundo.
A CGADB é proprietária da Casa Publicadora das Assembléias de Deus — CPAD, com sede no Rio de Janeiro, que atende parcela significativa da comunidade evangélica brasileira. À CGADB também pertence a Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia — FAECAD, sediada no mesmo Estado, e que oferece os seguintes curso em nível superior: Administração, Comércio Exterior, Marketing, Teologia e Direito.
A CGADB é constituída por várias convenções estaduais e regionais, além de vários ministérios. Alguns ministérios cresceram de tal forma que tornaram-se denominações de facto, com suas congregações sobrepondo as áreas de abrangência das convenções regionais. Dentre os grandes ministérios se destaca o Ministério do Belém, que possui cerca de 2200 igrejas concentradas no centro-sul e com sede no bairro do Belenzinho na capital paulista, sendo atualmente (2008) presidida pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa, que também lidera a CGADB.
Na área política, 21 deputados federais são membros das Assembléias de Deus e a representam institucionalmente junto aos poderes públicos nos assuntos de interesse da denominação, supervisionados pelo Conselho Político Nacional das Assembléias de Deus no Brasil, com sede em Brasília, DF, que coordena todo o processo político da CGADB. Além disso, são cerca de 27 deputados estaduais, mais de cem prefeitos e cerca de 1000 vereadores, todos sob a chancela de igrejas ligadas à CGADB.
Desde a década de 1980, por razões administrativas, a Assembléia de Deus brasileira tem passa do por várias cisões que deram origem a diversas convenções e ministérios, com administra ção autônoma, em várias regiões do país. O mais expressivo dos ministérios independentes originários da CGADB é o Ministério de Madureira, cuja igreja já existia desde os idos da década de 1930, fundada pelo pastor Paulo Leivas Macalão e que, em 1958, serviu de base para a estrut uração nacional do Ministério por ele presidido, até a sua morte, no final de 1982.

Convenção Nacional das Assembléias de Deus no Brasil - Ministério de Madureira

À medida que os anos se passavam, os pastores do Ministério de Madureira (assim conhecido por ter sua sede no bairro de mesmo nome, no Rio de Janeiro), sob a liderança do pastor (hoje bispo) Manoel Ferreira, se distanciavam das normas eclesiásticas da CGADB, segundo a liderança da época, que, por isso mesmo, realizou uma Assembléia Geral Extraordinária em Salvador, BA, em setembro de 1987, onde esses pastores foram suspensos até que aceitassem as decisões aprova das. Por não concordarem com as exigências que lhes eram feitas, se organizaram numa nova entidade, hoje com cerca de 2 milhões de membros, no Brasil e exterior. Dessa forma surgiu a Convenção Nacional das Assembléias de Deus no Brasil — Ministério de Madureira — CONAMAD, fundada em 1988.


Doutrina

Santa Ceia

De acordo com o credo das Assembléias de Deus, entre as verdades fundamentais da denomina ção, estão a crença:

  • Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, considerada a única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão;
  • Na concepção virginal de Jesus Cristo, na sua morte vicária e expiatória, ressurreição corporal e ascensão para o céu;
  • No pecado que distancia o homem de Deus, condição que só pode ser restaurada através do arrependimento e da fé em Jesus Cristo.
  • Arrebatamento dos membros da Igreja para a Nova Jerusalém em breve com a volta de Cristo.
  • Na necessidade de um novo nascimento pela fé em Jesus Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus para que o homem se torne digno do Reino dos Céus;

A denominação pratica o batismo em águas por imersão do corpo inteiro, uma só vez, em adultos, em nome da Trindade; a celebração, sistemática e continuada, da Santa Ceia; e o recebimento do batismo no Espírito Santo com a evidência inicial do falar em outras línguas, seguido dos dons do Espírito Santo.
A exemplo da maioria dos cristãos, os assembleianos aguardam a segunda vinda premilenial de Cristo em duas fases distintas: a primeira, invisível ao mundo, para arrebatar a Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; e a segunda, visível e corporal com a Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo por mil anos, sendo portanto dispensacionalista.
Ainda, nesse corolário de fé, os assembleianos esperam comparecer perante o Tribunal de Cristo, para receber a recompensa dos seus feitos em favor da causa do Cristianismo, seguindo-se uma vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tormento para os infiéis.

liturgia


Pregação

Os cultos da Assembléia de Deus se caracterizam por orações, cânticos (músicas gospel e hinos evangélicos clássicos), testemunhos e pregações, onde muitas vezes ocorrem manifestações dos dons espirituais, como profecias e o culto em línguas.
Possui dias e horários específicos, sendo o principal deles no Domingo (o culto público) por volta das 19:00hs, e o de Ensinamento Bíblico (a Escola Bíblica Dominical, com divisão de classes por idade aos Domingos por volta das 09:00hs.
Os cultos e trabalhos tem duração média de 02:30hs, sendo divididos em:

  • Oração inicial - Normalmente um obreiro ou pastor faz uma oração pedindo a benção de Deus.
  • Cânticos iniciais - Utilizando-se da Harpa Cristã (um livreto de Hinos Evangélicos Clássicos), canta-se em média de 03 hinos
  • Leitura trecho bíblico (Ou Palavra Introdutória) - Neste momento a leitura do trecho bíblico e inspirada pelo Espírito Santo, no qual o culto será direcionado como um todo com base nesse trecho.
  • Oportunidades de Cânticos por Grupos de Jovens, Crianças, Senhoras, Adolescentes, Corais, Grupos e Ministérios de Louvor.
  • Oportunidades de Testemunhos por Membros - Momento no qual os membros contam o que Deus mudou em suas vidas e vem fazendo atualmente por eles.
  • Leitura Bíblica e Pregação - na qual um pastor, um membro da igreja local, ou um pregador ou pastor convidado fará a pregação (sermão) explicando a passagem bíblica para toda a igreja.
  • Apelo - Convite aos que não são evangélicos a aceitarem a Jesus como seu único e suficiente Salvador.
  • Cântico de Encerramento.
  • Oração Final.
  • Benção Apostólica

Obs: Nem todas os ministérios da Assembléia de Deus seguem esta liturgia. É importante lembrar que atualmente muitas Assembléias de Deus adotam linha litúrgica contextualizada de louvor e condução dos cultos, bem próximos das liturgias praticadas pelas Comunidades Evangélicas e Igrejas de Nova Vida em geral.

Críticas

A Assembléia de Deus sofre críticas, tanto por parte de outras denominações religiosas quanto por setores não-religiosos da sociedade civil. O rápido crescimento da igreja tem estimulado diversas produções intelectuais de pesquisadores dos fenômenos sociológicos e antropológicos contemporâneos; ao mesmo tempo que já gerou apaixonadas controvérsias e discussões, no campo puramente ideológico
O fenômeno do rápido acúmulo financeiro ligado aos líderes de alguma das principais denominações também é alvo de críticas da sociedade, uma vez que a prática religiosa é isenta de taxação fiscal no Brasil e passível de se transformar em instrumento de crimes financeiros como evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
É importante observar que a Assembléia de Deus, como representande do pentecostalismo clássico, é critica em relação aos métodos de arrecadação de ofertas, feitas por neopentecostais.

Novos conceitos a respeito de usos e costumes

Assembléia de Deus do Gama Oeste (Brasília), um exemplo de uma AD 'renovada'Muitas igrejas Assembléias de Deus vêm experimentando, mais recentemente, grandes mudanças comportamentais concernente a usos e costumes.

Em particular, algumas dessas igrejas já não mais impoem o uso de determinadas peças do vestuário feminino, consentindo que as mulheres usem calças compridas, decotes mais alongados ou mangas mais curtas, permitindo ainda o uso de jóias como brincos, cordões e pinturas, desde que mantido um razoável padrão de pudor
Quanto aos homens, diminuem as restrições ao uso de bigode, barba crescida ou cabelos mais alongados, bem como bermudas e lazer substituindo-se o rigor da proibição pela recomendação de uma boa imagem pessoal ante a sociedade, nos padrões exigidos por algumas organizações corporativas.